
A experiência envolveu um estudo estatístico de aproximadamente quinhentos casamentos, abrangendo mil horóscopos. Os horóscopos foram dispostos aos pares de vários modos e fizeram-se comparações das cartas de indivíduos, tanto entre os cônjuges quanto com outros membros do grupo. Jung examinou cuidadosamente os horóscopos dos casais casados e não casados, e descobriu um sem-número de correspondências interessantes – notadamente uma tendência muito significativa, no caso dos casados, para a lua da mulher estar em conjunção com o Sol do marido.
Carl Jung na verdade parecia estar a contestar o caso da oposição, dizendo que correspondências desse tipo não poderiam ser relacionadas casualmente, mas ao contrário dos cépticos em astrologia, argumentou que as correspondências não podiam ser negadas e que, em conseqüência, tinham de ser levadas em conta, de um modo ou de outro. Por diversas razões, que envolvem argumentos estatísticos mais complexos, o grande psiquiatra não considerou sua experiência conclusiva. O importante é o facto de que um homem reconhecido no mundo todo como um dos maiores e mais estimulantes pensadores do século ter considerado a astrologia suficientemente interessante, não apenas para fazer experiências com ela, mas também para incluí-la como parte integrante da sua teoria cosmológica.
O interesse de Jung pela astrologia e a sua crença consequente na realidade dela enquanto princípio operante animou astrólogos sérios por toda a parte, e ajudaram tremendamente o desenvolvimento da astrologia psicológica.
Pela primeira vez, graças à sua abordagem despida de preconceitos, e à de muitos de seus colegas e sucessores cientistas, a astrologia começou a ser examinada com o respeito que a sua história e tradição merecem: uma recompensa apropriada para aqueles que sustentaram seus princípios e práticas em épocas de mentes menos abertas.
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